Congelamento de Óvulos

 

A criopreservação é um método utilizado para conservar óvulos, espermatozóides e embriões em temperaturas baixas (-196ºC) até que sejam utilizados em tratamentos de fertilização in vitro ou fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI).

Antes de serem colocados em criopreservação, os gametas masculinos e femininos recebem substâncias chamadas crioprotetoras, que além de evitar a formação de cristais de gelo no interior dos espermatozóides, óvulos ou embriões, conservam as estruturas internas.

A evolução dos métodos de congelamento contribuiu para resultados mais eficazes, como a técnica de vitrificação, onde o processo de resfriamento se dá de forma ultra rápida – todo o processo dura 3 minutos-, o que gera um dano celular mínimo e muito menor do que o ocorrido em outras técnicas de tratamento.

E o processo de descongelamento também se dá de forma rápida, os crioprotetores são retirados e o material criopreservado volta à temperatura corporal. Após o descongelamento a taxa de sobrevivência de óvulos e embriões está entre 90 e 95%, assim como nos ciclos à fresco.

Não há registros de que o congelamento ou o tempo de congelamento causem alguma interferência em crianças geradas com este tipo de material.

Algumas indicações para a criopreservação:

  • Quando o paciente, homem ou mulher, será submetido a tratamentos oncológicos, pois podem afetar a possibilidade de reprodução no futuro;
  • Quando por algum motivo a mulher / casal deseja ou precisa adiar a gravidez;
  • Quando o processo de indução da ovulação realizado durante o tratamento de fertilização in vitro resultou em óvulos excedentes e a paciente quer preservar alguns em vez de fertilizar todos;
  • Quando a paciente pretende uma nova tentativa de gravidez sem passar pela etapa de indução da ovulação e punção folicular. Desta forma não sofrerá os sintomas causados pela administração dos hormônios, evitando assim uma possível síndrome do hiperestímulo ovariano.;
  • Quando a mulher apresenta diagnóstico de baixa reserva ovariana, alterações nos níveis de hormônio FSH e estradiol, ou baixa contagem de folículos antrais ao ultrassom transvaginal;

Doação do material para instituições de pesquisa de células-tronco embrionárias, com a condição de terem mais de 3 anos de criopreservação (art. 5o da Lei Federal de Biossegurança no105/2005);