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Saúde Reprodutiva

Fertilidade

Na avaliação da Saúde Reprodutiva, a fertilidade é definida pela capacidade de gestação até o estágio de viabilidade fetal, ou seja, até o momento que o feto tem maiores possibilidades  de se desenvolver sem intercorrências e consequentemente, possa sobreviver fora do útero.

Em outras palavras, a fertilidade nada mais é do que a capacidade natural de alcançar uma gravidez bem sucedida através de relações sexuais.

Aqueles que não engravidam por meios naturais podem ser classificados como inférteis, porém, não devem ser considerados impossibilitados de gestar, uma vez que os Centros de Medicina Reprodutiva, como a Clínica Origen Rio, viabilizam a gravidez tão esperada através de técnicas de reprodução assistida.

Geralmente, um casal é considerado fértil se conseguir produzir uma gravidez com sucesso até um ano de relações sexuais regulares, sem o uso de métodos contraceptivos. Isso se deve a uma matemática simples: A taxa de concepção de um casal fértil está em torno de 20%. Portanto, no decorrer de 12 meses, a probabilidade combinada da gravidez ocorrer chega a 93%.

Por isso, se ao final de um ano de tentativas um casal não conseguir engravidar, ele é considerado infértil.

Para mulheres acima de 35 anos, no entanto, o período de avaliação da saúde reprodutiva dever ser mais precoce, logo, o tempo de tentativas infrutíferas de gravidez natural cai de 12 meses para 6 meses, para que assim se possa realizar o diagnóstico e possíveis tratamentos com maior rapidez, aumentando as chances de sucesso.

 

Infertilidade

Ao contrário do que o nome sugere, infertilidade não quer dizer incapacidade de engravidar. Significa, apenas, que as pessoas precisam buscar ajuda médica especializada para conseguir iniciar a gravidez e levá-la ao término com sucesso.

A infertilidade também é muito mais comum do que você imagina, atingindo, em média, um em cada 5 casais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Foi notado que a infertilidade acomete 15 a 20% dos casais e as causas são, aproximadamente :

  • 30 % causas femininas;
  • 30% causas masculinas;
  • 40% causas mistas (masculinas e femininas).

Independente de qual for a causa, existem tratamentos e procedimentos específicos para aumentar consideravelmente as chances de concepção e gravidez.

 

Minha saúde fértil está comprometida?

Se você e o seu parceiro ou parceira não obtiverem sucesso ao término de um ano tentando engravidar naturalmente, vocês provavelmente precisarão de ajuda médica especializada. Além disso, se vocês engravidam mas sofrem constantemente com gestações interrompidas, também devem buscar atenção médica.

Para diagnosticar os motivos iniciais da infertilidade, os médicos fazem uma avaliação completa (anamnese) do casal para montar o histórico clínico de ambos. É preciso entender há quanto tempo estão na tentativa de engravidar, se já passaram por algum tipo de tratamento, a frequência com que fazem sexo, se algum dos membros do casal já tem filho, etc.

Depois são realizados exames clínicos e laboratoriais com intuito de identificar possíveis causas para infertilidade, sendo avaliado toda anatomia a funcionalidade dos órgão reprodutores masculinos e femininos. Entre os exames laboratoriais mais importantes estão o estudo hormonal da mulher e um espermograma para avaliar a qualidade do esperma do homem.

Há diversos fatores que podem contribuir para a infertilidade do casal, por isso é preciso estar atento a qualquer mudança e/ou sintoma durante a tentativa de reprodução para que o médico tenha o máximo de informações possíveis.

 

Principais Questões Femininas
Hormônios

O ciclo menstrual feminino geralmente dura cerca de 28 dias e sofre a influência de diversos hormônios durante esse período, por isso é importante que cada parte do ciclo funcione perfeitamente. Possíveis desequilíbrios em qualquer uma das fases do ciclo menstrual podem indicar problemas de saúde como ovários policísticos e até mesmo impedir a gestação. As etapas do ciclo podem ser acompanhadas com exames específicos. O ciclo menstrual é dividido em 3 fases:

Fase folicular

Começa no primeiro dia da menstruação e dura entre 5 a 14 dias. É quando o cérebro aumenta a produção do hormônio folículo-estimulante (FSH), que leva os ovários a desevolver o folículo e amadurecer seus óvulos, em geral apenas um a cada mês.  Durante o crescimento, o ovário começa a liberar uma quantidade maior de estrogênio, hormônio responsável pelo crescimento da camada interna do útero, o endométrio, para deixá-lo preparado para receber o embrião.

Fase ovulatória

Nesta etapa os níveis de estrogênio continuam aumentando, levando o corpo a liberar um pico do hormônio luteinizante (LH), responsável por selecionar o óvulo mais maduro e fazê-lo sair do ovário. É quando ocorre a ovulação, geralmente por volta do dia 14 do ciclo. Depois de liberado, o óvulo chega às trompas, onde já pode ser fertilizado. O embrião formado pela fecundação do óvulo pelo espermatozoide é então levado através das trompas até o interior do útero, onde ocorre a nidação para que a gravidez possa se desenvolver.

Fase lútea

A fase lútea ocorre após a ovulação, sendo em geral com a duração fixa de 14 dias. Nesse período o folículo deixado pelo óvulo dentro do ovário começa a produzir uma quantidade maior de progesterona, continuando assim a preparar o revestimento do útero para uma possível implantação. Com os níveis altos de hormônios estrogênio e progesterona nessa etapa, algumas mulheres podem apresentar sensibilidade nos seios, mudanças de humor e até inchaço. Se a fecundação não acontecer, o folículo vai encolhendo dentro do ovário e os níveis de estrogênio e progesterona diminuem, até que o endométrio começa a descamar. É quando a menstruação se inicia e começa o próximo ciclo menstrual. Caso a fecundação aconteça e o embrião grude nas paredes do útero, o corpo começa a produzir o hormônio hCG que mantém o folículo produzindo estrogênio e progesterona em níveis elevados para manter a gravidez até à formação da placenta.

Mioma

Mioma, também chamado de fibromas ou leiomiomas uterinos, é o nome dado aos tumores benignos que são formados no tecido muscular que forma o útero. É o tipo de tumor pélvico mais comum nas mulheres, com frequência maior em: mulheres negras; mulheres que não tiveram filhos; casos de obesidade com histórico de hiperestrogenismo ou com história familiar de miomas. 

A localização no útero e o tamanho do mioma podem variar, tendo influência nos sintomas. O diagnóstico normalmente é feito ginecologista, com base em exames de ultrassom ou outros de imagem como histeroscopia, histerossalpingografia ou ressonância magnética, em conjunto com o histórico da paciente.

Principais sintomas
  • Cólicas e dores abdominais;
  • Aumento do volume do útero;
  • Alterações menstruais;
  • Dor pélvica;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Abortos de repetição;
  • Sintomas de prisão de ventre;
  • Vontade de urinar mais vezes ou incontinência urinária;
  • Dores durante a relação sexual.

 

Os principais tipos de mioma são divididos de acordo com a sua localização no útero:

  • Subseroso – Localizando entre o miométrio e o revestimento peritoneal (quando surge na parte mais externa do útero);
  • Intramural- Localizado completamente circunscrito ao miométrio (quando aparece dentro das paredes do útero);
  • Submucoso – Quando começa no miométrio e invade a cavidade endometrial (quando está na parte interna, dentro da cavidade do útero).
Ooforite

A ooforite é o nome científico para a inflamação no ovário. Geralmente é causada por bactérias que afetam o sistema reprodutor feminino. Ela pode afetar apenas um ou os dois ovários, sendo o último caso chamada de ooforite bilateral. A inflamação no ovário também pode ser causada como quando há um descontrole no sistema imunológico, que passa a atacar os próprios ovários, sendo denominada ooforite autoimune, ou consequência de uma complicação da caxumba. A caxumba pode afetar a fertilidade tanto em homens quanto mulheres. Nas mulheres pode levar a uma falência ovariana precoce e pode causar sintomas como dor abdominal e sangramentos.

Principais sintomas
  • Febre constante acima de 37,5ª C;
  • Enjoos e vômitos;
  • Dor na parte inferior da barriga;
  • Dor ao urinar ou durante o ato sexual;
  • Corrimento ou sangramento vaginal fora do período menstrual;
  • Dificuldade para engravidar.
Tratamento

O diagnóstico da ooforite requer atenção especial, pois os sintomas são os mesmos de outras doenças como endometriose ou inflamação nas trompas. O tratamento deve ser acompanhado por um ginecologista para identificar a causa correta e direcionar o tratamento adequado.

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma desordem hormonal caracterizada por dois dos seguintes critérios: irregularidade menstrual, hiperandrogenismo (excesso de hormônios masculinos) e ovários de aspecto policístico ao exame de ultrassonografia. Devido esse desequilíbrio hormonal, o ovário apresenta uma quantidade de folículos aumentada, que se assemelham a pequenos cistos, sem que nenhum deles assuma a dominância e ovule. Por esse motivo, as pacientes com SOP não apresentam ovulação em todos os meses, assim tem ciclos menstruais irregulares. Eventualmente essas pacientes podem apresentar ciclos com ovulação e engravidar espontaneamente, então caso não desejem engravidar, devem usar métodos contraceptivos.

Principais sintomas
  • Menstruação Irregular;
  • Acne
  • Crescimento excessivo de pêlos (hirsutismo);
  • Alopécia (queda de cabelo)
  • Infertilidade;
  • Ganho de peso (pode ser causa)
Diagnóstico

O diagnóstico é feito inicialmente com as queixas da paciente, incluindo a caracterização do ciclo menstrual, e complementando com exames clínicos (observar acne, excesso de pelos ou queda e cabelo) e exames laboratoriais. Entre eles estão:

  • Ultrassom Transvaginal com contagem de folículos antrais
  • Dosagens de hormônios masculinos
  • Dosagens de outros hormônios, como prolactina e TSH (tireoide), para excluir outras doenças
  • Exames de glicemia, intolerância a glicose ou resistência à insulina: em doenças como a síndrome do ovário policístico a insulina apresenta falhas na sua ação, levando ao acúmulo de glicose no sangue. Se confirmada a resistência é preciso tratá-la para não ocorrer complicações futuras.
Tratamento

Os tratamentos são definidos de acordo com cada caso, pois dependem do objetivo da paciente. Por exemplo, caso a mulher não tenha interesse em ter filhos, mas tem a menstruação irregular e quer amenizar sintomas como cólicas e o excesso de hormônios masculinos, a pílula anticoncepcional pode ser a alternativa. Para as mulheres que estão inférteis, mas querem engravidar, o objetivo do tratamento é o sucesso da gravidez, bem como reduzir possíveis complicações, como aborto e diabetes gestacional. A indução a ovulação é a recomendação para esses casos. A cirurgia, geralmente por videolaparoscopia, só é recomendada quando não houve resposta positiva a nenhum tratamento anterior. Nessa opção são feitos pequenos furos nos ovários (drilling) com o objetivo de melhorar a ovulação.

Infecção por Clamídia

A Chlamydia Trachomatis é uma bactéria que pode ser transmitida por via sexual, sendo a infecção sexualmente transmissível de maior prevalência no mundo. Essa bactéria pode infectar homens e mulheres e pode ser transmitida também durante o parto. Em muitos casos a infecção por clamídia pode não apresentar sintoma nenhum e passar despercebida, mas em indivíduos assintomáticos pode ser observado:

Principais sintomas
  • Corrimento vaginal amarelado, como o pus;
  • Dor ao urinar;
  • Dor ou sangramento durante o ato sexual;
  • Sangramento após o ato sexual;
  • Dor pélvica;
  • Prurido vaginal.

 

Quando não é tratada, a clamídia pode migrar para os órgãos pélvicos e causar danos irreversíveis, sendo esta a principal causa evitável de infertilidade. Nas mulheres, há possibilidade de ascensão para útero e trompas e causar a Doença Inflamatória Pélvica, um dos principais fatores de infertilidade, aborto e gravidez ectópica, por exemplo.

Tratamento

O tratamento para clamídia é simples, consistindo no uso de antibióticos. É recomendado que durante o tratamento o indivíduo evite relação sexual e o que o parceiro se trate ao mesmo tempo, para evitar uma recontaminação.

Uretrite

A uretrite é uma inflamação na uretra que pode ser diagnosticada tanto em mulheres, quanto em homens. Nas mulheres, além da inflamação na uretra pode ocorrer a inflamação do colo do útero, útero ou trompas. Pode ser contraída de três formas:

  • pela infecção com algum tipo de bactéria (gonococo, clamídia, ureaplasma, micoplasma…)
  • por algum traumatismo interno (traumas por cirurgias, corpo estranho)
  • ou por alguma reação química (por exemplo, alguns espermicidas utilizados nas relações).

Existem outras formas menos comuns que podem provocar a inflamação: vírus; por consequência de neoplasias, entre outros. Mas na maioria dos casos de uretrite a causa é a relação sexual sem proteção, sendo a gonorreia e a clamídia as principais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) envolvidas.

Os dois tipos mais comuns de uretrite de causa infecciosa são:

  • Gonocócica: infecção pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, responsável pela gonorreia e, por este motivo, existe a possibilidade também de ter gonorreia. São transmitidas por relação sexual vaginal, oral ou anal sem o uso de preservativo.
  • Não-gonocócica: causada pela infecção por outras bactérias, como a Chlamydia trachomatis, mycoplasma, ureaplasma ou por protozoários como tricomonas
Principais sintomas
  • Ardência e dor ao urinar (disúria);
  • Febre e calafrios
  • Micção frequente e urgente
  • Secreção vaginal
  • Dor abdominal/pélvica
Tratamento

O tratamento é feito com o uso de antibióticos, que variam de acordo com a causa da doença. É importante evitar relações sexuais desprotegidas durante o tratamento e avisar a todos os parceiros sexuais dos últimos 2 meses para que todos sejam examinados e tratados.

Principais Questões Masculinas
AZOOSPERMIA

A azoospermia é definida como a ausência de espermatozoides em pelo menos duas coletas de sêmen, após processamento seminal. Quando na amostra inicial não são encontrados espermatozoides, mas são encontrados após a centrifugação, o paciente é dito como portador de criptozoospermia .

A azoospermia é encontrada em aproximadamente 10 a 20% dos homens com infertilidade e até 1% dos homens em geral. O espermograma auxilia na identificação do azoospermia, mas para definir a causa da alteração é necessário um conjunto de exames, incluindo exame físico com palpação dos ductos deferentes, avaliação hormonal e, em alguns casos, biópsia testicular.

Após a produção dos espermatozoides nos testículos, eles são armazenados e maturados no epidídimo. Somente depois de maturados é que se deslocam até a vesícula seminal por meio dos canais deferentes, permanecendo até a ejaculação. Quando ocorre alteração nesse ciclo pode ocorrer a azoospermia.

A azoospermia é classificada de acordo com a sua causa:

  • Azoospermia obstrutiva: o tipo mais comum, em que há obstrução no local em que o espermatozoide deveria passar, ou seja, eles estão sendo produzidos, porém existe um bloqueio que impede a saída do material ejaculado.
  • Azoospermia não-obstrutiva: caracterizada alteração da produção de espermatozoides, que pode ser consequência de alguma doença congênita, antecedente de caxumba, uso de radio ou quimioterapia, uso de anabolizantes, criptorquidia ou de traumatismo envolvendo os testículos. O homem pode ter ejaculação normal, mas não espermatozoides no sêmen.
TRATAMENTO

O tratamento varia de acordo com a causa, podendo ser achado espermatozóides nos epidídimos ou nos testículos com punção ou biópsia, em alguns casos. No entanto, em alguns casos de azoospermia não-obstrutiva, podem não ser encontrados espermatozóides mesmo após biópsia, sendo a utilização de sêmen de doador a opção para os casais que desejam ter filhos.

Epididimite

Trata-se de uma inflamação no epidídimo, tubo localizado na parte de trás do testículo, que é responsável pelo transporte e armazenamento dos espermatozoides. Essa inflamação pode chegar a comprometer os testículos, sendo então chamada de orquiepididimite.

Essa afecção é geralmente unilateral, e pode ser diagnosticada no exame físico através de dor escrotal e edema.

A maioria das epididimites e das orquiepididimites é causada por bactéria, principalmente por infecções bacterianas sexualmente transmissíveis, como gonorreia ou clamídia, mas também pode ser causada por outros tipos de bactérias, como a micobactéria da tuberculose, vírus como citovegalovirus e fungos. Além disso, podem ocorrer por causas não infecciosas, como decorrentes de irritação química por fluxo retrógrado de urina, após levantamento de pesos com certa frequência ou após trauma local.

A epididimite pode acometer homens de qualquer idade, sendo mais comum entre 18 e 35 anos.

Principais sintomas
  • Febre e calafrios;
  • Dor intensa na região escrotal ou pélvica;
  • Sensação de pressão nos testículos;
  • Inchaço no saco escrotal;
  • Vermelhidão e calor nos testículos;
  • Ínguas inflamadas na virilha;
  • Dor na relação sexual, ejaculação ou ao urinar;
  • Presença de sangue no sêmen;
  • Secreção (pus).
Tratamento

O tratamento tem como objetivo atenuar os sintomas e a infecção, com prescrição de antibióticos e analgésicos, que não devem ser interrompidos até o final. Complementam o tratamento:

  • Antiinflamatórios;
  • Compressa gelada no local;
  • Não ter relação sexual durante o tratamento inteiro;
  • Repouso;
  • Elevação do escroto;

Se após o tratamento os sintomas persistirem, orienta-se retornar ao médico para nova avaliação.

 

Orquite

A Orquite é uma inflamação dos testículos que pode afetar um ou os dois testículos e, em alguns casos, também o epidídimo, sendo então chamada de orquiepididimite. A orquite isodada é quase sempre de origem viral, principalmente pelo vírus da caxumba. Dentre as principais causas estão: traumatismo local; torção testicular e Infecção por vírus (como o da caxumba), bactérias, fungos ou parasitas, incluindo infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia e clamídia;

Existem dois tipos de Orquite:

  • Bacteriana: costuma estar associada com a inflamação do epidídimo e pode ser causada por bactérias como Mycobacterium sp, haemophilus, treponema pallidum. O tratamento é feito com antibióticos.
  • Viral: como causada por vírus como os da caxumba, coxsackie vírus, influenza e o vírus da mononucleose. Na orquite viral, o tratamento também é feito com o uso de analgésicos, repouso, compressas de gelo no local e elevação da bolsa escrotal.
Principais sintomas
  • Ejaculação e urina com vestígios de sangue;
  • Dor e inchaço nos testículos;
  • Nódulo nos testículos;
  • Febre;
  • Mal estar e desconforto;
  • Sudorese na região dos testículos;
  • Sensação de que os testículos estão quentes.
Diagnóstico

Para confirmar a orquite, o médico observa se o paciente apresenta os sintomas da doença com base na história e no exame físico e pode solicitar ultrassonografia dos testículos para diferenciar de torção testicular e exames de sangue ou cultura na tentativa de identificar um agente causador específico. Para verificar se a caxumba ou qualquer outra doença que provoque inflamação nos testículos afetou a fertilidade é preciso que o homem faça um espermograma.

Tratamento

Se o tratamento for realizado corretamente, a orquite tem cura e costuma não deixar nenhuma sequela. Porém, em alguns casos é possível que ocorra a atrofia dos testículos, a formação de abscessos e ou infertilidade, principalmente quando os dois testículos são afetados.

Prostatite

A prostatite significa a inflamação da próstata, um órgão do aparelho reprodutor masculino responsável, principalmente, por produzir o líquido ejaculatório. Em média, 10% dos homens têm pelo menos um diagnóstico de prostatite ao longo da vida. Essa afecção pode ser decorrente de processos infecciosos e não infecciosos. Existem diversos tipos de prostatite, incluindo as prostatites bacteriana aguda, de início repentino e sintomas importantes e a bacteriana crônica, que evolui de modo mais lento, como infecção urinária de difícil tratamento. Quando causada por uma infecção bacteriana, geralmente é como consequência da presença de bactérias na uretra ou bexiga. Existem ainda as prostatites não bacteriana, que são os tipos mais comuns. Essas doenças ocorrem em pacientes que apresentam uma inflamação na próstata, sem, no entanto, terem histórico de infecções do trato urinário por bactérias.

Principais sintomas
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dor ao urinar;
  • Dificuldade em urinar e aumento da frequência urinária
  • Dor pélvica;
  • Urina turva;
  • Mal estar;
  • Dores musculares e nas articulações
  • Dor ou sangramento após ejaculação
Diagnóstico

O diagnóstico é feito através da história, dos sintomas e do exame clínico, incluindo eventualmente o toque retal. O médico pode ainda solicitar exames complementares, incluindo exames de sangue, ultrassonografia, ressonância Magnética e/ou biópsia.

Tratamento

O tratamento também apresenta variações de acordo com o tipo de prostatite. Nos casos de infeção bacteriana, o tratamento consiste em antibiótico por pelo menos duas semanas até meses. Quando a prostatite não é tratada podem surgir algumas complicações graves, como infecção generalizada, infecção urinária ou retenção urinária, que podem necessitar de internação e tratamento hospitalar. Em alguns casos pode ser necessária intervenção cirúrgica.

Varicocele

A Varicocele é a principal causa de infertilidade no homem. A doença consiste na dilatação das veias do plexo pampiniforme, no interior da bolsa escrotal. Em consequência da dilatação, ocorre o aumento da temperatura no local e a drenagem de sangue não é feita de forma correta. Por este motivo, as substâncias tóxicas não são totalmente eliminadas, o que prejudica a formação e a qualidade de espermatozóides.

A Varicocele geralmente ocorre no lado esquerdo e é mais comumente unilateral, mas pode acometer ambos os lados. É uma doença que raramente aparece na infância e que aumenta sua incidência com a idade.

Principais sintomas

Nem sempre os sintomas aparecem, mas entre os sinais que podem indicar a dilatação das veias estão o desconforto no saco escrotal e inchaço. Neste caso, quando é possível identificar os sintomas através do exame físico, o diagnóstico da doença é clínico, isso é, o exame físico é suficiente para fechar o diagnóstico. Nos casos de dúvida no exame físico ou nos casos subclínicos, a ultrassonografia com Doppler dos testículos é o exame padrão ouro.

Tratamento

Após analise dos sintomas e de exames do sêmen (espermograma) e dosagens hormonais, pode se indicar o tratamento cirúrgico para ligadura das veias.

O procedimento cirúrgico tem riscos, mas atualmente considerados raros com o avanço das técnicas cirúrgicas. Seriam eles:

  • Recidiva – isto é retorno do problema.
  • Hidrocele – acúmulo de líquido ao redor dos testículos.
  • Atrofia testicular – raro, pode acontecer quando alguma artéria sofre danos, diminuindo o fluxo de sangue para o testículo.

Caso a infertilidade masculina seja causada exclusivamente pela varicocele, há a possibilidade de reverter o problema, através da Correção de Varicocele.

Infecção por Clamídia

A Chlamydia Trachomatis é uma bactéria que pode ser transmitida por via sexual, sendo a infecção sexualmente transmissível de maior prevalência no mundo. Essa bactéria pode infectar homens e mulheres e pode ser transmitida também durante o parto. Em muitos casos a infecção por clamídia pode não apresentar sintoma nenhum e passar despercebida, mas em indivíduos assintomáticos pode ser observado:

Principais sintomas
  • Dor ao urinar;
  • Saída de corrimento pelo pênis;
  • Dor e inchaço dos testículos;
  • Inflamação da uretra (uretrite)

Quando não é tratada, a clamídia pode migrar para os órgãos pélvicos e causar danos irreversíveis, sendo esta a principal causa evitável de infertilidade. Nos homens, se não tratada pode ocasionar Orquite, podendo comprometer a produção de espermatozoides.

Tratamento

O tratamento para clamídia é simples, consistindo no uso de antibióticos. É recomendado que durante o tratamento o indivíduo evite relação sexual e o que o parceiro se trate ao mesmo tempo, para evitar uma recontaminação.

Uretrite

A uretrite é uma inflamação na uretra que pode ser diagnosticada tanto em mulheres, quanto em homens. Nos homens, há a possibilidade da inflamação migrar para os testículos. Pode ser contraída de três formas:

  • pela infecção com algum tipo de bactéria (gonococo, clamídia, ureaplasma, micoplasma…)
  • por algum traumatismo interno (traumas por cirurgias, corpo estranho)
  • ou por alguma reação química (por exemplo, alguns espermicidas utilizados nas relações).

Existem outras formas menos comuns que podem provocar a inflamação: vírus; por consequência de neoplasias, entre outros. Mas na maioria dos casos de uretrite a causa é a relação sexual sem proteção, sendo a gonorreia e a clamídia as principais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) envolvidas.

Os dois tipos mais comuns de uretrite de causa infecciosa são:

  • Gonocócica: infecção pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, responsável pela gonorreia e, por este motivo, existe a possibilidade também de ter gonorreia. São transmitidas por relação sexual vaginal, oral ou anal sem o uso de preservativo.
  • Não-gonocócica: causada pela infecção por outras bactérias, como a Chlamydia trachomatis, mycoplasma, ureaplasma ou por protozoários como tricomonas
Principais sintomas
  • Sangue na urina;
  • Sangue no sêmen;
  • Ardência e dor ao urinar (disúria);
  • Secreção no pênis / corrimento;
  • Micção frequente e urgente;
  • Coceira, sensibilidade ou inchaço do pênis ou área da virilha;
  • Dor na relação sexual ou durante a ejaculação.
Tratamento

O tratamento é feito com o uso de antibióticos, que variam de acordo com a causa da doença. É importante evitar relações sexuais desprotegidas durante o tratamento e avisar a todos os parceiros sexuais dos últimos 2 meses para que todos sejam examinados e tratados.

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